segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

....

uma nuvem passou e eu estava nela
todas as nuvens passaram
e eu ainda estava nela...

entre o meu corpo de pernas doídas e o dela há um segredo.

E depois o céu ficou todo azul, sem nuvens...
e eu a procurar qualquer coisa que se movesse.

e novamente: enquanto as nuvens e o céu deslizaram-se um no outro,
eu e ela deslizamos assim:
pele/pele
coxas/olhos
respiração que ouço daqui

passaria a vida a viver cada dia.

a olhar as nuvens
a fazer algo para comermos
a estar com alguém

a olhar os lugares através do caminho que meus pés fazem

a ler e escrever poemas
a conhecer com o corpo

a poder ser simples
contemplar



amaranta

Nenhum comentário: