quarta-feira, 22 de outubro de 2008

(18E) PrAça do ComÉRCio/ Baixo Chiado ( HaXichiaDO)




Sinto falta das árvores nas praças e nas ruas, a ação antrópica aqui se mostrou mais forte. Por aqui tudo é arquitetura, quase sempre de outra época e a natureza só aparece marcante com o brilho azul-prateado do Tejo, que não se explica; nem com foto é possível repetir sua beleza.( É o rio mais mar que já vi).
As praças e as ruas da “Baixa” são limpas, exceto pelas pessoas que se arrastam entre outras com caras de indianos, ou egípcios (não sei distinguir) carregando de forma discreta e falando baixinho: _ Haxixe? E desaparecem da mesma forma em que aparece outra figura como a anterior repetindo a mesma pergunta.
Continuo andando em direção a Praça do Comércio para pegar um bonde (daqueles antigos mesmo) onde o motorista num certo momento abre a porta e desce com uma enorme barra de ferro e vai em direção ao trilho, enfia num buraco na intersecção para mudar a direção do seu percurso; feito isso volta para sua posição inicial e segue sua vida profissional com a simplicidade que para nós brasileiros já está quase toda perdida pelo corre do dia-a-dia. Entro no bonde, uso meu passe magnético e procuro uma janela para sentir a brisa e ouvir a rua da nostalgia, até meu próximo destino.
Linha - 18 E, Bairro d’Ajuda.
(Berba)

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